ABDAN FOMENTA CRIAÇÃO DA FRENTE PARLAMENTAR NUCLEAR E PREPARA NOVAS MISSÕES INTERNACIONAIS PARA 2023

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) – 

celso-cunhaA Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) está com um planejamento repleto de novas ações para o restante do ano de 2023. Ontem (14), conforme noticiamos, a entidade promoveu um evento para debater os desafios da comunicação do setor. Olhando para o futuro, a associação prepara novas atividades para fomentar a indústria nuclear brasileira. Além de reuniões em Brasília com representantes do governo federal, a ABDAN também está colaborando com a criação da Frente Parlamentar Nuclear. “Precisamos agora de apenas 25 assinaturas para criar a Frente Parlamentar. Ou seja, em praticamente um mês e meio vamos conseguir as 198 assinaturas necessárias”, comentou o presidente da ABDAN, Celso Cunha. Além disso, a associação realizará três missões internacionais ao longo do ano, com o objetivo de estreitar ainda mais os laços entre as empresas brasileiras e as companhias estrangeiras do setor nuclear. Segundo Cunha, as missões terão como destino o Canadá/Estados Unidos, a Áustria (sede da Agência Internacional de Energia Atômica) e a França. O presidente da ABDAN também falou sobre os preparativos para o evento Nuclear Trade and Technology Exchange (NT2E), em maio, que será realizado pela primeira vez no formato presencial.

Para começar, poderia falar um pouco sobre como surgiu a ideia de promover um evento para tratar da comunicação do setor nuclear?

Mais do que uma ideia, esse evento é uma necessidade que já se impõe há muitos anos. A ABDAN trabalha por meio de um planejamento estratégico. E uma das metas desse planejamento é ampliar o nível de comunicação do setor. Além disso, na esteira desse planejamento, realizaremos um grande evento, a NT2E, que acontecerá entre 3 e 5 de maio. Então, realizamos o Nuclear Communication 2023 no sentido de impulsionar a divulgação da NT2E e, ao mesmo tempo, tratar de uma necessidade básica do setor nuclear, que é a comunicação. Os sócios da ABDAN resolveram, desde o ano passado, aumentar bastante o nível de comunicação. Por isso, neste ano, nós aceleramos ainda mais esse processo. 

Durante o Nuclear Communication, a Eletronuclear revelou uma pesquisa que mostra que a aceitação da energia nuclear é maior entre a população que vive no entorno das usinas. Como avalia esse dado?

É simples: educação e conhecimento. Naqueles locais onde as pessoas participam e entendem sobre a fonte nuclear, é mais fácil a aceitação pública. A parcela da população que vive no entorno das usinas possui acesso à informação. Tudo o que não é bom nasce da desinformação. As próprias fake news se aproveitam disso. Estamos em um momento no qual precisamos reforçar a informação correta sobre o setor nuclear. Esse é o momento certo para isso. 

Poderia falar um pouco mais sobre a nova edição do evento NT2E?

DSC_0016Vamos avançar com a NT2E neste ano. Pela primeira vez, faremos o evento no formato presencial em um centro de convenções, no ExpoMag (antigo Centro de Convenções SulAmérica), no Rio de Janeiro. Teremos exposição de estandes de empresas de todo o mundo. E isso dá trabalho. Esse é um esforço que era pra ser feito em um ano e meio. No entanto, estamos fazendo esse trabalho em quatro meses, porque o momento político exigiu isso. Perder a oportunidade em maio é a mesma coisa que perder o timing político. Até maio, o governo estará completamente formado. Nós teremos um período até agosto de catequese junto ao governo, falando sobre a importância do setor nuclear e as oportunidades de geração de emprego e de negócios.

Poderia falar mais sobre o trabalho da ABDAN para fomentar as discussões sobre a fonte nuclear no meio político?

Estamos conversando com os ministros durante uma série de reuniões em Brasília. Isso faz parte da nossa estratégia. Em paralelo, estamos fomentando, com o apoio do deputado Julio Lopes, a Frente Parlamentar Nuclear. Faltam apenas 25 assinaturas. Então, em praticamente um mês e meio, vamos conseguir as 198 assinaturas, número necessário para criar a Frente Parlamentar. Com o novo governo, precisamos abrir o debate. E abrir o debate significa comunicação. Uma das nossas metas é estruturar o suporte para essa Frente Parlamentar, municiando os deputados com informações. 

Por fim, quais são as demais novidades que a ABDAN está preparando para o ano?

Realizaremos novas missões internacionais em 2023. Estamos com três possibilidades muito fortes. A primeira delas em junho, com uma missão para o Canadá e, provavelmente, passando pelos Estados Unidos. A segunda será em setembro, uma viagem a Viena, sede da Agência Internacional de Energia Atômica. E, por fim, uma missão em novembro para a World Nuclear Exhibition (WNE), na França. O objetivo é fortalecer a relação das nossas empresas associadas com as empresas estrangeiras, promovendo a possibilidade de joint ventures. 

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of